Galeria Raimundo Siebra

A Galeria faz tributo ao artista plástico pacotiense Raimundo Siebra Moreira (1898-1924), inaugurada no ano de 1998, na ocasião do seu centenário. Autodidata, são dele as pinturas da capela-mor da Igreja Matriz de Baturité. Reconhecendo o talento do artista, o governo cearense patrocinou seus estudos complementares na Escola Nacional de Belas Artes do Rio Janeiro, onde seriam interrompidos por sua morte prematura, aos 25 anos, vítima de um acidente de automóvel.
Nascido no Sítio Romualda, filho de Francisco Moreira Barros e de Adelaide Siebra Moreira, Raimundo Siebra é um dos mais antigos pintores do Maciço de Baturité de que se tem notícia. Em face da aprovação do projeto de lei n.º 33, de iniciativa dos Deputados José Acióli e João Guilherme, a Assembleia Legislativa do Ceará concedeu, em agosto de 1918, uma pensão anual de 1:800$000 (um conto e oitocentos mil réis) a Raimundo Siebra e outra de igual quantia a Mário Dias Maia, como auxílio do Estado, para completarem sua educação artística na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Somente a nova geração de pintores pacotienses viria a completar nossa aquarela artística, sem cores expressivas desde Siebra. Artistas que não só pintaram a aldeia, destacando suas paisagens urbanas, belezas naturais, fauna e flora, mas que igualmente retratam o sentimento dos que realmente vivem, espiritualmente e materialmente, da arte. São exemplos dessa nova geração, Ana Pimenta, Francisco Wagner, Lucivaldo Oliveira, Heráclito Ribeiro, Gleudson Luz, dentre outros.
Fonte: Texto adaptado do Livro “Pacoti, História & Memória”, de Levi Jucá (Editora Premius, 2014)
Projeto Jovem Explorador e o Ecomuseu
Trilha da Memória – Pacoti – CE